quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Desastre em baixo Guandu


Chegada da tromba d'agua em Baixo Guandu em 30/12/2010.

Igreja Matriz de São Pedro

Na segunda metade do século XIX, há relatos de que o povoado do Guandu recebeu a visita do padre Francisco de Paula Telles e dos capuchinhos Bento de Búbbio e Miguel do Amor Divino. Logo veio a construção da primeira capela, em 1887, na atual Praça Getúlio Vargas.
Em 1917, a comunidade passou a fazer parte da paróquia de Colatina. Vinte anos mais tarde, por determinação do bispo Dom Luiz Scortegagna, aos 26 de junho, Baixo Guandu foi elevada à categoria de paróquia. A instalação se deu pelo monsenhor Luiz Cláudio de Freitas Rosa, empossando seu primeiro vigário, padre Aristides Taciano, recém ordenado sacerdote.
Foi padre Aristides que iniciou a construção da igreja matriz da nova paróquia, em 1942. Muitos criticaram o tamanho do templo, mas o sacerdote dizia que eles estavam construindo uma igreja para daqui a 50 anos.
Em 1944, padre Alonso Benício Leite assumiu a paróquia, zelando pela construção da matriz. Com o apoio e a participação dos leigos, fez crescer os movimentos religiosos, atuou no setor social, principalmente na educação e fundou a Ordem “Milícia de Cristo”. Em 1950, também inaugurou a Escola Paroquial.
Em 1990, passou a pertencer à Diocese de Colatina. De 1991 até 2004, diferentes padres administraram a Paróquia São Pedro: padre Marcelo Luiz Basoni, padre Carlos Afonso Sperandio, padre Arthur Francisco Juliatti dos Santos e padre Jésus Bento Fioresi. Desde 2005, o pároco desta paróquia é o padre Neil Joaquim de Almeida, que administra 33 comunidades.


A Pedra do Souza


      A Pedra do Souza é um maciço rochoso de formação granítica que está inserida numa unidade geológica , que segundo o IBGE, é conhecida por Suíte Intrusiva de Aimorés. Possui uma altitude de 465 metros, situa-se nas margens do Rio Doce, na fronteira do Espírito Santo com Minas Gerais, entre os Municípios de Baixo Guandu ES e Aimorés MG. Esse monumento natural imponente desperta a atenção daquelas pessoas que viajam tanto pela BR 259, quanto pela Estrada de Ferro Vitória à Minas. Porem, beleza muito maior encontra-se nos mais de 800 metros de trilhas que passando por trechos de matas na encosta do rochedo, conhecidas por florestas ombrófilas.
Estas se desenvolvem em harmonia com a vegetação rupestre formada por cactos, bromélias, orquídeas, canela-de-ema, além de arbustos, musgos e liquens. Pode-se contemplar também a riqueza faunística da região com espécies de répteis, primatas, aves, roedores, felinos, insetos e outros. Local ideal para passeios ecológicos, prática de esportes e educação ambiental, apreciando a biodiversidade local.
Compensação maior ainda, a pessoa tem quando chega ao cume da rocha, onde esta construída a Capela de Cristo Rei. Pode-se contemplar as lindas paisagens formadas pelos lagos das Usinas Hidrelétricas de Mascarenhas e de Aimorés e toda visão Panorâmica de toda região. Vale a pena fazer uma visita. É uma prova de religiosidade, uma higiene mental e um grande aprendizado sobre a natureza.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Reportagem sobre a ex casa da Albertina Holz


Albertina Holz
O que deveria ser um espaço dedicado à cultura está abandonado. O casarão da Madame Albertina Holz, em Baixo Guandu, Noroeste do Estado, está fechado há cinco anos, desde que foi comprado pela prefeitura. A promessa era que a casa fosse revitalizada até o fim do ano passado para ser transformada em um museu e uma biblioteca. Só que até hoje nada foi feito.

Com o abandono, o local foi ocupado por moradores de rua, o que tem trazido insegurança para quem mora próximo à casa. Uma parede do casarão foi quebrada para entrada dos mendigos. O prefeito Lastênio Cardoso disse que providenciará os reparos na próxima semana.

Quanto ao atraso no início da obra, o prefeito explica que aguarda recursos do governo estadual para iniciar a restauração. Também garantiu que, se até julho não receber o investimento do Estado, começará a restauração. Segundo Lastênio, o projeto de revitalização está pronto. De acordo com ele, na parte superior vai funcionar o museu da cidade; e na inferior, a biblioteca municipal.

O terreno ao lado do casarão também vai ganhar vida com uma área cultural. O gasto total com a revitalização do espaço será em torno de R$ 250 mil.

O casarão pertencia à família de Vwilfrido Holz. Ele viveu durante 60 anos na casa, que era de seus pais e avós. A construção foi erguida de 1819 a 1825 e possui mais de dez cômodos, todos feitos com madeira de lei.

Como Holz não tinha condições financeiras para restaurar e manter a obra, ele se viu obrigado a se desfazer dela. Em 2006, procurou a prefeitura para que pudessem adquirir e preservar o local. O casarão foi vendido por R$ 80 mil, com a garantia de ser transformado em museu.

Algum conhecimento sobre Baixo Guandu ES

Surge Baixo Guandu
Município emancipado em 10 de abril de 1935, foi praticamente colonizado e ocupado por fluminenses de Cantagalo e imigrantes europeus, principalmente os italianos. A história de Baixo Guandu está diretamente ligada ao pioneirismo que marcou o começo do século XX na região do vale do Rio Doce. Os trilhos do primeiro trem chegaram em 1907 e somente daí as atividades econômicas foram intensificadas. A madeira abundante era retirada e levada pelos comboios à Capital. Segundo depoimento de bandeirantes e viajantes que percorreram o baixo do Rio doce desde a segunda metade do século XIX até os meados do século passado, os índios botocudos filhos da terra eram senhores da região compreendendo entre o Rio Doce e o Rio São Mateus.
Os colonos estrangeiros se estabeleceram no vale do guandu e outros no ribeirão do Lage. Em ambas as margens, há, ainda hoje, sinais marcantes da herança europeia no município. Como que se tivesse havido o desejo de reparar a supressão do Distrito de Baixo Guandu, o Presidente Henrique da Silva Coutinho criou a colônia em 1905, compreendendo esta à área não legítima do Vale do Guandu, até os limites com o município de Afonso Cláudio e com Minas Gerais. Repartida e doada a porção em lotes, estes foram vendidos aos colonos italianos, franceses e espanhóis neles lotados. A primeira penetração no território do Baixo Guandu, antiga jurisdição do município de Colatina, ocorreu em 1875, quando o major José Vieira de Carvalho Milagres, veterano da Guerra do Paraguai, chega à confluência do rio Doce o rio Guandu e ali estabelece o núcleo que deu origem à cidade. A colonização da região, iniciada pelo major Milagres, teve sua base sedimentada no trabalho de imigrantes europeus de várias procedências, localizada no núcleo colonial de Afonso Pena, hoje Ibituba.
Imigrantes italianos
Os imigrantes italianos entraram em Baixo Guandu em 1866 por iniciativa de Francisco Vieira de Carvalho Milagres. A Província do Espírito Santo, de 2 de junho de 1866, noticiava que o Sr. Carvalho Milagres escrevera ao seu amigo Guilherme Frederico, anunciando a partida de Genova, com quarenta contratados. Dias depois, chegava, de fato, ao Rio de Janeiro, com quarenta italianos, para suas terras no Rio Doce (5 de junho de 1866). O fazendeiro e colonizador Francisco Vieira de Carvalho Milagres voltou à Europa, em 1894, a fim de trazer mais trabalhadores para suas terras. Os imigrantes chegaram no Matteo Bruzzo, conforme o noticiário do Estado do Espírito Santo, de 8 de dezembro do mesmo ano e, dia 10, seguiram para Rio Doce, e, de lá, tomaram seu destino, onde até hoje, encontram-se seus descendentes.
Diversos
Baixo Guandu foi a primeira cidade brasileira a receber água tratada com flúor em 1953, com o intuito de diminuir a incidência de cáries, principalmente entre as crianças.


Antiga Usina Hidrelétrica de Baixo Guandu ES, hoje desativada.